quinta-feira, 24 de novembro de 2011

RESENHAS DOS LIVROS LIDOS PELOS EDUCANDOS


As Crônicas de Nárnia Vol. I

O sobrinho do Mago.

O Sobrinho do Mago” é a história que conta como Nárnia foi descoberta pelo filho de Adão e a Filha de Eva e nos revela algumas explicações para fatos descritos em “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”. Muitas questões são respondidas e podemos entender melhor Aslam.
Ele conta com dados da criação de Nárnia e de seus primeiros instantes. Tudo começa quando duas crianças se conhecem: elas são Polly e Digory, vizinhos e londrinos. Os dois se conhecem quando Polly encontra Digory chorando por sua mãe, que está muito doente.
Nesse tempo, Digory estava com os tios. Tio André era um homem mau e meio doidinho, pois se dizia mago. Porém ele o era, de fato.
Quando tio André encontrou os dois amigos, ficou encantado em vê-los, já que duas crianças eram exatamente o que ele queria. Logo pôs a passar-se por gentil, oferecendo à Polly um de seus anéis. A menina o aceitou e quando tocou no anel, desapareceu. A experiência com os anéis mágicos do covarde tio fora um sucesso!
Digory viu-se forçado a ir socorrer a amiga, para isso, aceita a proposta do tio para levar dois tipos de anéis diferentes: um para ir (não se sabia aonde) e outro para voltar.
É aí que se iniciam as aventuras, em que os dois amigos têm a oportunidade de verem Nárnia surgir do canto magnífico do Leão. Mas antes disso os anéis os levam para o Bosque entre Dois Mundos. Era um lugar silencioso, tão quieto que era possível perceber o crescimento das árvores. O Bosque possuía vários lagos, cada um levando a um mundo.
Num dos lagos, podia se ter acesso à Terra de Charn, onde Jadis reinou. Ela é descrita como ‘a ferida’ que a raça de Adão criou em Nárnia. Digory foi o responsável por trazer o mal à Nárnia logo em seus primeiros momentos. Ela reinou em Nárnia algum tempo depois e transformou o esplêndido país em um inverno eterno sem Natal, o que fora mudado mais tarde por outras quatro crianças da raça de Adão, e que é contado em outra história.
Um mundo desolado, um sol velho de tanto brilhar, confusões em Londres, uma árvore com madeira mágica, da qual surgiu um famoso guarda-roupa, um fruto que dá Vida. Tudo isso e muito mais é contado na História que conta como surgiram as outras Histórias.

Clive Staples Lewis

terça-feira, 8 de novembro de 2011

RESENHAS DOS TEXTOS LIDOS PELOS EDUCANDOS

A Protegida de Maria

         Em uma floresta moravam um lenhador, sua esposa e uma filha de três anos. A vida andava difícil, pois eles eram muito pobres e faltava-lhes até alimento. Certo dia o lenhador foi trabalhar e apareceu em sua frente a Virgem Maria, que pediu-lhe para que trouxesse sua filha até ela, para ser sua mãe e cuidar dela. Foi o que o lenhador fez.
         Certo dia, Maria teve que se ausentar e pediu à menina que cuidasse das treze chaves para ela e disse que doze portas a menina poderia abrir, mas aquela cuja chave era a menor, a que abriria a décima terceira porta, ela não poderia abrir, pois seria causadora de sua infelicidade.
         Quando Maria saiu e a menina ficou com as chaves, tratou logo de ver o que havia por trás das portas. Naquelas doze que ela tinha permissão de abrir estavam os apóstolos, um em cada uma. A visão que se tinha era linda. Ao chegar à décima terceira porta, a curiosidade foi mais forte e ela a abriu. Lá dentro estava a Santíssima Trindade em meio a fogo e luz, a menina tocou aquela luz e seu dedo ficou totalmente dourado. Bateu a porta e saiu correndo dali, apavorada. Esse pavor não passou e seu dedo também não voltou ao normal, seu coração batia acelerado.
         Chegou o dia em que Maria retornou e solicitou a devolução das chaves. A menina as entregou e por três vezes afirmou não ter aberto a porta número treze. A Virgem disse a ela, vendo o dedo dourado que ela havia a desobedecido e ainda mentido, portanto não era mais digna de viver no Reino dos Céus. A menina caiu em um sono profundo e acordou em um lugar deserto. Tentou gritar, mas a voz não saía. Tentou fugir também, mas era detida por cercas vivas espinhosas e não podia sair de lá, prosseguir. Sua casa era um tronco oco, servia-lhe de abrigo do frio e da chuva, além de ser o lugar onde dormia. Ela comia raízes e frutos silvestres. Folhas serviam de cobertor. Ela chorava muito se lembrando de quando vivia no Céu e brincava com os Anjos.
         Não demorou muito e suas roupas pereceram, o que lhe cobria da cabeça aos pés era um imenso cabelo dourado. Passaram-se anos assim.
         Certo dia, um Rei das redondezas estava caçando e encontrou aquela bela mulher despida e com longos cabelos. Levou-a para seu castelo e deu a ela finas roupas e tudo em abundância. O Rei se apaixonou por ela e se casaram.
         Chegou o primeiro filho e na primeira noite de vida dele apareceu a Virgem Maria e pediu que ela confessasse que abrira a décima terceira porta, sob ameaça de levar seu filho com ela. Ela novamente negou e seu filho fora levado pela Virgem. Nos dois anos seguintes, quando nasceram os outros dois filhos, aconteceu a mesma coisa. E pelas pessoas do povoado corria um boato que a esposa do Rei devorava os filhos. Quando seu terceiro filho sumiu, ela foi condenada à morte na fogueira. No último instante ela pensou “Ah se eu pudesse confessar que abri a décima terceira porta, antes de morrer...”. Nisso, a voz dela voltou e ela gritou “SIM MARIA, EU ABRI!”, foi quando começou a chover e Maria desceu do Céu com os três filhos dela e lhe disse com bondade que quem confessa e se arrepende do pecado sempre é perdoado. Entregou-lhe as crianças, sua língua se soltou e ganhou de presente a felicidade para toda a vida.

Irmãos Grimm

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

RESENHAS DOS TEXTOS LIDOS PELOS EDUCANDOS

Mais um Natal

          Havia um aviso em um restaurante em Brighton, cujo dono mandou imprimir no cardápio, contra a vontade dos garçons: “Somos seus amigos e lhe desejamos um Feliz Natal. Por favor, não nos ofenda, dando-nos gorjetas”. E perto da porta de saída, os garçons penduraram uma caixinha com o letreiro: “Ofensas”. E no dia de Natal, os bares de Londres estavam fechados, como sempre. Mas achei um bar aberto e dentro dele havia várias pessoas bebendo cerveja e que já tinham ido à Igreja. Lá festejavam o Natal e também o ano novo. Mas muitas pessoas passam essas datas sozinhas, como é o caso de uma velhinha com mais de 80 anos de idade chamada Ethel Denham. Ela não tem marido nem filhos, mora sozinha em uma casa em Exeter, que comprou com o dinheiro de sua aposentadoria. Havia uma luz vermelha do lado de fora da casa que ela poderia acionar se estivesse em uma situação de emergência. Na noite de Natal essa necessidade veio absoluta. A velhinha não suportava estar sozinha, principalmente durante o Natal. Ela ascendeu a luz para que alguém viesse socorrê-la. Apareceu um guarda de serviço para socorrê-la. A velhinha lhe pediu que ficasse para conversar um pouco, o guarda com pena resolveu ficar. Para não ficar à toa, fez um chá enquanto conversava com Dona Ethel. Depois aproveitou e lavou a louça, limpou a cozinha e deu uma arrumada na casa. Assim ele acostumou mal à dona da casa, que na noite seguinte, após o jantar, ficou esperando o guarda tornar a aparecer. Ela ascendeu a luz do pedido de socorro e veio até sua casa um outro guarda, para saber o que havia acontecido. Mas esse não foi tão bondoso quanto o primeiro e quando a velhinha lhe pediu que ficasse e conversasse um pouco, ele a confortou e depois foi embora da casa, pois não era mais Natal, era um dia de serviço comum. Inconformada com o desaparecimento do primeiro guarda (ah, aquele tão bondoso guarda) a velhinha saiu na rua em um dia extremamente frio para procurá-lo, mas não o encontrou, então pediu, através do jornal, que o guarda aparecesse um dia em sua casa para um dedinho de prosa, um chá.

Há ainda outros, para os quais as necessidades materiais são de maior importância que o convívio. O vigário da minha paróquia, em West Hampstead, declarou em uma de suas missas que as pessoas precisam ser generosas no Natal e proporcionar aos pobres um fim de ano decente. Ele contou também uma parábola, sobre um inglês que foi passear no campo. Começou a chover e não havia onde ele se abrigar. Avistou uma árvore e foi ao encontro dela. Apesar de estar sem folhas, havia um buraco em seu tronco, onde o homem se abrigou. Quando a chuva parou, ele quis sair do oco da árvore, mas não conseguiu já que a água havia feito a passagem de madeira inchar. Ele pensou que ia morrer ali entalado. Então começou a meditar sobre o que havia feito em vida e percebeu que jamais havia pensado em seus semelhantes. Gastava dinheiro à toa, com bobagens. Foi-se diminuindo diante de si. Tanto diminuiu que conseguiu passar pelo buraco. E o vigário acrescentou um comentário sobre certo dono de um estacionamento. Ele disse que no dia de Natal havia uma placa escrita Feliz Natal e naquele dia o estacionamento era gratuito. “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade. Em tempo: a paz na Terra aos homens de boa vontade termina exatamente à meia-noite.”



 Fernando Sabino

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

RESENHAS DOS TEXTOS LIDOS PELOS EDUCANDOS.

FELICIDADE REALISTA

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não bastam uma temporada num SPA cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... Não bastam termos. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar inesperados , queremos jantar a luz de vela de segunda a domingo ,queremos sexo.Ter um parceiro constante pode ou não , ser sinônimo de felicidade . Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.

Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graças, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Se você não está de acordo com essas regras, demita-se. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Mário Quintana